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Antropologia Forense: o efeito dos opioides na determinação da idade da morte.

  • Foto do escritor: Sérgio Linares Filho
    Sérgio Linares Filho
  • 6 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

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Implicações dos efeitos do uso prolongado de opiáceos nos ossos são críticas, dado que muitos dos restos de esqueletos examinados por antropólogos forenses vêm de indivíduos marginalizados com histórico de abuso de substâncias e saúde geral pobre.

Os ossos compõem um registro que muda constantemente ao longo da vida de uma pessoa. Antropólogos forenses são os encarregados de decifrar os vestígios, as pistas contidas nos ossos, e sua atuação é fundamental para a identificação de corpos de pessoas desconhecidas. Ao determinar a idade, o sexo, a altura, a ancestralidade entre outras características de um esqueleto, eles fornecem chaves importantes para a resolução de crimes.


No caso da Dra. Janna M. Andronowski, antropóloga forense e professora do Departamento de Biologia da Universidade de Akron, em Ohio, USA, o estudo da adaptação óssea, do envelhecimento e da doença, é o foco de sua pesquisa.

Com um financiamento do Instituto Nacional de Justiça de 370 mil dólares por dois anos, a Dra. Andronowski e seu laboratório podem pesquisar os efeitos de uma das epidemias mais caras e de crescimento mais rápido de que se tem notícia: a do vício em opioides. Andronowski e sua equipe usarão uma tecnologia inovadora de geração de imagens de raios-X em 3D, para a descrição de como os opioides afetam as estruturas ósseas microscópicas usadas para estimar a idade da morte na antropologia forense.


"Mortes relacionadas ao vício em opiáceos tornaram-se muito comuns nos Estados Unidos, e o uso indevido vinculado à dependência de opioides é uma grave crise de saúde pública", diz Andronowski. "Os efeitos das doenças nos ossos humanos podem afetar as estimativas do tempo da morte, e o uso prolongado de drogas, como sabemos, não é uma exceção". Por exemplo, uma vítima pode ter vinte anos na época da morte, mas o impacto do longo tempo de dependência de opiáceos, produziria traços em seus ossos que poderiam identificá-los como tendo cinquenta anos, ou mais.


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A Dra. Janna Andronowski e sua equipe usarão a inovadora tecnologia de imagem de raios-X 3D para descrever como os opioides afetam as estruturas ósseas microscópicas usadas para estimar a idade da morte na antropologia forense. (Crédito: Universidade de Akron)

Implicações dos efeitos do uso prolongado de opiáceos nos ossos são críticas, dado que muitos dos restos de esqueletos examinados por antropólogos forenses vêm de indivíduos marginalizados com histórico de abuso de substâncias e saúde geral pobre, explica Andronowski, cuja experiência anterior inclui trabalhar com a Unidade de Antropologia Forense do Escritório de Medicina Legal de Nova York.

"A evidência atual sugere que os opioides perturbam o equilíbrio da remodelação óssea causando mais destruição e menos desenvolvimento ósseo", diz Andronowski. "Assim, os métodos microscópicos atuais desenvolvidos em casos saudáveis ​​podem não ser úteis na avaliação desses indivíduos, resultando em estimativas erradas da idade da morte".


Dadas as limitadas informações disponíveis acerca do impacto prolongado do abuso de opiáceos na renovação óssea, pesquisadores como Andronowski querem entender melhor os processos biológicos subjacentes para aperfeiçoar a aplicabilidade dos métodos histológicos de estimativa de idade e padrões científicos no campo da antropologia forense.

"O objetivo final desse trabalho é descobrir o verdadeiro impacto do abuso de opioides na microestrutura óssea e preparar novas diretrizes e protocolos para as análises microscópicas de rotina", diz Andronowski.

 
 
 

1 comentário


unknownytube
23 de fev.

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O parágrafo único do artigo 4º do Código de Processo Penal (CPP) diz:

“Parágrafo único. A competência definida neste artigo não exclui a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.”

A expressão “autoridades administrativas” refere-se a aquelas autoridades que, embora não sejam integrantes do Poder Judiciário ou do Ministério Público, possuem atribuições legais para realizar investigações ou procedimentos preliminares que possam subsidiar o inquérito policial ou a ação penal. Alguns exemplos de autoridades administrativas no Brasil incluem:

    1.    Agências Reguladoras:
   •    Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL): Pode realizar investigações sobre infrações administrativas e técnicas relacionadas às telecomunicações.
   •    Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Pode investigar infrações relacionadas à saúde pública e ao controle sanitário de produtos e serviços.
   2.    Órgãos de Fiscalização e Controle:
   •    Receita Federal: Tem competência para realizar investigações sobre crimes tributários e aduaneiros.
   •    Controladoria-Geral da União (CGU): Pode investigar irregularidades e atos de corrupção no âmbito da administração pública federal.
   3.    Polícias Administrativas Especiais:
   •    Polícia Federal: Além de suas atribuições de polícia judiciária, realiza investigações de crimes federais e questões de segurança nacional.
   •    Polícia Rodoviária Federal: Pode investigar crimes relacionados ao trânsito e à segurança nas rodovias federais.
   4.    Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI):
   •    Instituídas no âmbito do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais, têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podendo convocar testemunhas, requisitar documentos e realizar diligências.

Essas autoridades administrativas, ao realizarem investigações, produzem provas e informações que podem ser utilizadas para subsidiar os procedimentos penais conduzidos pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária.

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