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Foto do escritorSérgio Linares Filho

Mais sangue, menos decomposição


De acordo com um novo estudo, baseado na análise de centenas de mortes ocorridas no Canadá, concluiu-se que mais perda de sangue, significa menos decomposição.


O estudo foi realizado com base na análise de 341 corpos.

O artigo, que foi publicado no último mês pela revista Science and Justice, estabelece que os Peritos Criminais poderão se beneficiar desse conhecimento e realizar exames direcionados em decorrência desse retardo no processo de decomposição.


Segundo os estudos, ao corrigir as variáveis; incluindo a localização interna ou externa, a idade, o clima e outros fatores, a análise estatística revelou que quanto mais sangue é perdido, mais lento e menos intenso é o processo de decomposição de um corpo.


"Os resultados sugerem que o aumento da perda de sangue pode retardar a progressão da decomposição", escrevem Diane Cockle e Lynne Bell, os dois autores da pesquisa da Universidade Simon Fraser, na Colúmbia Britânica.


Foram analisados 7.300 cadáveres que, depois de filtrados, reduziram-se a 341 casos. A maioria constatada na Colúmbia Britânica e Ontário. A decomposição foi pontuada para cada um dos corpos em um escala de 0 (sem sinais visíveis de decomposição) até 8 (esqueletização total). Cerca de metade dos casos (47,5 por cento) apresentaram graus notáveis ​​de perda de sangue: 17,9% com perda mínima, 20,5% com perda moderada, 5,9% com perda extrema e 3,2% com perda total.


"Do ponto de vista da decomposição, a perda significativa de sangue representa um claro inibidor da transmigração bacteriana do intestino para o suprimento sanguíneo post mortem e isso pode ajudar a explicar o decaimento retardado" escrevem os pesquisadores.

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