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O touch-DNA em cartuchos de armas de fogo


Alguns anos atrás, um funcionário da Divisão de Ciências Forenses da Polícia do Estado de Michigan ordenou o fim do processamento de DNA a partir de materiais biológicos extraídos de cartuchos de armas de fogo usados. A decisão não foi uma surpresa para David Foran, diretor do Programa de Ciência Forense da Michigan State University. "Como a taxa de sucesso era muito baixa, praticamente zero, o funcionário do laboratório perguntou: "Por que estamos perdendo todo esse tempo?", Disse Foran. A questão era apropriada. Contudo, pelas razões erradas. Um provável motivo pelo qual tão pouco DNA útil estava sendo recuperado dos cartuchos decorria do fato de que a técnica padrão, usada nos laboratórios criminais, não era sensível o suficiente. Não foi o teste de DNA uma perda de tempo, mas os procedimentos precisavam ser atualizados.


"O material padrão que eles estão produzindo não está funcionando e não vai funcionar", disse Foran. "Então, nosso objetivo, o objetivo da equipe de pesquisa de ciência forense na academia, é otimizar a recuperação de DNA de cartuchos e ensiná-los [os laboratórios da polícia] como isso pode funcionar melhor."


Foran é um dos vários cientistas que trabalham com uma bolsa de pesquisa do Instituto Nacional de Justiça para aperfeiçoar a recuperação do DNA de embalagens de cartuchos e de projéteis usados; que estão entre os tipos mais comuns de evidências coletadas na em tiroteios. Os pesquisadores estão se concentrando na melhor forma de recuperar o DNA: limpando, absorvendo ou levantando com fita e, dentro desses métodos, estão determinando que técnicas específicas são mais bem sucedidas.


Touch-DNA.

"A pesquisa é importante", disse o biólogo da Universidade de Denver, Phillip Danielson, pesquisando touch-DNA em cartuchos, "porque as armas estão envolvidas em um grande número de crimes: quase 70% dos homicídios envolvem armas curtas e pistolas. Essas armas também são usadas em pouco menos de metade dos roubos. Pelo menos nesse país, as armas curtas são onipresentes.” Danielson observou que a maioria dos laboratórios criminais, com orçamentos normalmente limitados, deve ser pragmática e se concentrar nos testes forenses que têm maior probabilidade de produzir resultados. "Tentar obter DNA de invólucros gastos com as técnicas atuais, não é pragmático", disse ele. Mas tudo isso pode estar prestes a mudar.


"Estamos no limiar", disse Danielson. “Há duas coisas na ciência forense que estão trabalhando sinergicamente agora: uma, consiste no trabalho que estamos fazendo para melhorar o perfil de DNA real, os dados que você precisa analisar. A outra, está relacionada ao desenvolvimento das ferramentas estatísticas que estão sendo usadas para fazer as comparações. As estatísticas estão se tornando mais poderosas e as metodologias de análise de DNA estão melhorando. Juntas, essas duas coisas, nos levarão através desse limite.


Dr. Phillip Danielson, biólogo da Universidade de Denver.

Danielson acredita que será capaz de fornecer aos especialistas dos laboratórios criminais da polícia, abordagens eficazes para a análise de cartuchos de armas de fogo dentro de dois ou três anos. "Eu acredito que os laboratórios privados serão os primeiros a oferecer isso aos seus clientes", disse ele, "e, uma vez que as pessoas entendam que você pode obter resultados com um índice razoável de sucesso, digamos de 75 a 80% em cartuchos, então, os laboratórios de estado não ficarão muito atrás. ”

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