Jack o Estripador é um dos casos mais famosos de todos os tempos. Investigadores têm procurado pelo homem que assassinou brutalmente pelo menos cinco mulheres no distrito de Whitechapel, em Londres, desde 1888, e jamais tiveram êxito - até agora.
Especialistas em genética usaram tecnologias modernas e novos métodos para identificar o DNA de Aaron Kosminski, um imigrante polonês mentalmente instável, na cena de um dos assassinatos atribuídos a Jack o Estripador. Kosminski havia chegado a Londres com a família no início da década de 1880, supostamente para escapar dos tumultos antissemitas na Rússia, e já estava na lista de suspeitos da polícia britânica.
"A revelação põe fim à especulação febril sobre a identidade do Estripador, que durou desde a época dos assassinatos nas ruas mais pobres e perigosas de Londres", escreveu Russell Edwards, autor de "Naming Jack The Ripper", no Daily Mail.
No artigo, Edwards explica que quando ele começou a investigar o caso, era “apenas mais um detetive” que decidiu conduzir sua própria investigação depois de assistir “A Verdadeira História de Jack, o Estripador ”, filme de 2011 estrelado por Johnny Depp. “Eu me juntei ao exército de pessoas fascinadas por aquele mistério...”, escreveu Edwards. "Eu estava convencido de que devia haver algo, em algum lugar, que tinha sido esquecido."
Em 2007, ele ouviu falar sobre a venda pública de um xale que supostamente pertencia a Catherine Eddowes, uma das vítimas do Estripador. Seu proprietário, David Melville-Hayes, entregou o xale ao Museu do Crime da Scotland Yard em 1991. Mas ele nunca foi exibido devido à ausência de provas acerca de sua procedência: um exame forense realizado em 2005 não foi conclusivo.
"Quando a peça foi oferecida num leilão, a maioria dos especialistas em Jack a rejeitou, mas depois de tudo que havia estudo, eu constatei um padrão...", escreveu Edwards, que percebeu características no xale o ligavam às datas dos dois últimos assassinatos do Estripador.
Edwards levou o xale ao Dr. Jari Louhelainen, professor de biologia molecular na Universidade de Liverpool John Moores, na Inglaterra.
Usando uma variedade de métodos, alguns desenvolvidos por ele próprio, Louhelainen não só encontrou vestígios de sangue e sêmen, mas até células renais no xale. Ele testou o DNA das amostras contra o DNA da bisneta de Catherine Eddowes e confirmou a correspondência. Mais tarde, ele e outro especialista, o Dr. David Miller, conseguiram usar os elementos constatados no xale para criar um segundo perfil de DNA e, ao final, quando o compararam com o DNA de um dos descendentes da irmã de Aaron Kosminski, encontraram outra correspondência.
"Agora que acabou, fiquei animado e orgulhoso do que conquistamos. Estou satisfeito por termos estabelecido, tanto quanto possível, que Aaron Kosminski foi o culpado por aqueles crimes", escreveu Louhelainen.
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