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É certo matar suspeitos a partir de um helicóptero?


O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), participou recentemente de operações com a Polícia Militar do Estado, onde o objetivo (ainda que não se tenha dito expressamente) consistia em abater (matar) suspeitos que estivessem portanto fuzis. Evidente, quem porta um fuzil não está bem intencionado e, claro, representa perigo. Contudo, matar alguém de plano, pelo fato de portar um arma, ainda que seja um fuzil, não parece certo. Muito menos a partir de um helicóptero.


O indivíduo com o fuzil, muito possivelmente um criminoso, deveria ser capturado e preso. Depois disso, os órgãos de investigação deveriam determinar a origem daquela arma e punir os demais envolvidos.


Mas isso parece muito complicado, alguns diriam. É fácil de falar e difícil de fazer. Bem, fácil não é mesmo. Para fazer isso, teria de haver grandes investimentos em inteligência policial e, claro, o Estado não tem dinheiro. Ainda que a carga tributária no Brasil beire os 50% da renda, ainda assim, o Estado não tem dinheiro suficiente para a segurança. Como também não tem para a saúde e para a educação. Bem, mas para onde vão aqueles 50%? Acho que não é difícil responder.


Nesse caso, matar o suspeito parece a única solução. Solução? Acho que não. À parte do fato de que é totalmente ilegal matar como se está matando, não adianta nada. Vamos pensar: na medida em que o criminoso já sabe que poderá ser alvo de um sniper se estiver portando um fuzil, certamente usará uma arma menor ou, pelo menos, ficará mais atento quando estiver com um fuzil e, no limite, se ele for abatido, outro criminoso tomará o fuzil e de nada terá adiantado.

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